Para os desatentos para
com a nossa história, sempre é o tempo é hora de se fazer justiça. Se não
tanto, ao mesmo remediou-se um tantinho assim "Ó". Mas remediou e isso é
importante. E como toda história sempre é passível de um fato novo, e aqui
entre nós não haveria de ser diferente. Sempre tive duvidas quanto ao numero
de famílias fundadoras do nosso município.
E a desconfiança leva o “Sherlock Holmes” do
cerrado a fazer o quê? Pesquisar uai, claro! Afinal, não dizem por ai que são as perguntas que movem o mundo? Foi então
com essa interrogação martelando na cabeça que deparei-me com nesse manuscrito
oficial, rabiscado à pena molhada no tinteiro borrado, datado do inicio do Século
XX que enfim, respirei fundo e posso dizer que o sobrenome “MATTOS” também faz parte da história de
nossa terra.
E
essa resposta veio até mim como um alento de conquista como para quem busca
algo e alcança. Conforme pode ser verificado na transcrição da certidão de
óbito e na imagem digitalizada do documento aqui citado. Assim como esse, até porque
já se passaram tanto tempo, alguns outros sobrenomes podem muito bem estar adormecidos
nas valas empoeiradas do esquecimento.
Texto da Imagem:
“Aos
vinte um dias do mês de março do ano de mil novecentos e vinte e três, neste
Distrito de Santa Rita do Rio Pardo, Comarca de Três Lagoas, e Estado de Mato Grosso,
em meu cartório compareceu Manoel da
Costa Lima e declarou que no dia nove de outubro do ano de mil novecentos e
vinte e dois, às vinte e quatro horas, na fazenda Três Barras deste distrito
faleceu Tercilina Lima de Oliveira,
brasileira, de cor branca, natural deste distrito com vinte e nove dias de
idade, filha legitima de Jose da Costa
Lima e de Dona Jeronyma de Oliveira
Lima, brasileiros criadores,
domiciliados e residentes neste distrito. Foi vitima de fraqueza congênita, conforme
atestado de Benedito Alves de Souza e
Manoel Pequeno Mesquita, para digo
que fica arquivado neste cartório. Para constar lavrei o presente termo que vai
assinado pelo declarante e as testemunhas, João
Alarindo de Freitas e Joaquim de
Souza Mattos, (Oficial 1923 - 1928) eu Manoel Olegario
de Almeida, oficial interino (1922 - 1923) do registro civil escrevi e assigno.”
Obs: Manoel da Costa Lima, o declarante da certidão era avô da falecida, portanto Pai de José da Costa Lima.
José da Costa Lima:
* 2.2.1889, Fazenda Barro Preto, Campo Grande –
MS
+
23.12.1939, Fazenda Uerê, município de Campo Grande, atual Bataguassu – MS.
Jerônyma de Oliveira Lima:
*
23.4.1891, Fazenda Barro Preto, Campo Grande – MS
+
18.05.1977, Campinas - SP.
José da Costa Lima,
conforme livro citado acima teve quatorze filhos:
1.
Taciano
de Oliveira Lima
2.
Lucilia
de Oliveira Lima
3.
Maria
de Oliveira Lima
4.
Eugenia
de Oliveira Lima
5.
Manoel
de Oliveira Lima
6.
Tercília
de Oliveira Lima
7.
Terciliana
de Oliveira Lima
8.
Tercilina
Lima de Oliveira
9.
Bartholino
Lima de Oliveira
10.
Antonieta
de Oliveira Lima
11.
Eunice
Lima Trevisani
12.
Alice
de Oliveira Lima
13.
Dirce
de Oliveira Lima Cruz
14.
Nirce
Lima Bosco
Fonte: Lima, Lygia (2011), Mato Grosso do Sul, O testemunho das famílias pioneiras. Campo
Grande: Letra Livre. pag. 137