sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Crônicas: As monções em Mato Grosso

Para melhor compreendermos o passado de nosso município é preciso conhecer melhor a história de Mato Grosso do Sul, temos que imaginá-lo ainda geograficamente unido aos estados de Mato Grosso e Rondônia, tal como ele era quando se criou a Capitania de Mato Grosso em 1748. Imaginando-o como um todo, como um imenso e uno território colonial português, poderemos entender melhor os fatos passados, as datas e os personagens desta terra matogrossense.

A bem da verdade, a história de Mato Grosso iniciou-se ainda no século XVI, cerca de 1524  para uns ou 1525 para outros pesquisadores, quando o português Aleixo Garcia, acompanhado tão somente de mais quatro homens brancos a algumas centenas de índios, saindo de Santa Catarina, no litoral brasileiro, atravessou inteiramente a faixa compreendida entre o oceano Atlântico e o rio Paraná, penetrou território mato-grossense a partir da travessia desse rio, seguindo bordejando a serra de Maracaju até o rio Paraguai, chegou aos autos morros onde seria séculos depois a cidade de Corumbá.  Aleixo Garcia tornou-se o primeiro homem branco europeu a pisar terras mato-grossenses.

Por essa época iniciou-se o ciclo das Bandeiras a partir de São Paulo, com as incursões dos primeiros bandeirantes paulistas, que adentraram pelos sertões  capturando índios para servires de mãos de obra escrava nas Capitanias do litoral. Dentre sucessivas levas paulistas predadores de índios, destacou-se a figura de Antônio Raposo Tavares que, em 1648, conseguiu completar o aniquilamento das missões dos Itatins, bem como destruir completamente a Vila de Santiago de Xerez. Assim expulsando definitivamente os espanhóis do território mato-grossense, proporcionou Raposo Tavares o inicio e a abertura plena para uma penetração paulista nessa imensa área geográfica e ainda a consolidação do fato de um posterior Mato grosso inteiramente português.

 Quando as bandeiras começaram a declinar, a marcha para oeste passou a assumir outras formas. Utilizando o curso dos rios, as viagens tornaram-se mais regulares e com destino conhecido. A esse movimento, que se iniciou na segunda década do século XVIII, dá-se o nome de monções. O termo é aqui aplicado impropriamente. Em seu sentido original, as monções indicam o regime alternado de ventos, que determina as épocas propícias à navegação. No Brasil do século XVIII, porém, passou a se conhecer por monção a estação adequada para as viagens fluviais, o que nada tem a ver com ventos, mas sim com as cheias ou vazantes dos rios. Livro “breve história de mato grosso e seus municípios, pag 15”

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