terça-feira, 6 de setembro de 2011

Crônicas: O comércio e o gado chegam de canoa a Mato Grosso

Os primeiros bovinos que foram introduzidos em Mato Grosso fizeram esse roteiro. Eram quatro ou seis novilhas que vieram de canoa na monção de 1727. As canoas eram, em geral, inteiriças, feitas com um só tronco de árvore, medindo doze a treze metros de comprimento, por um metro e meio de diâmetro. As maiores chegavam a transportar até quatrocentas arrobas de carga (seis toneladas), além de 25 a 30 pessoas, entre as quais o piloto, o proeiro (que viajava na proa, à frente do barco) e seis remeiros.
Com o crescimento do comércio entre São Paulo e as povoações de Mato Grosso, surgiu a necessidade de racionalizar as expedições. As viagens passaram então a ser feitas em grandes comboios, apenas uma vez por ano. Essas frotas de comércio chegaram a abranger até quatrocentas canoas, onde ia tudo o que necessitavam os habitantes de Cuiabá, Vila Bela e demais povoações que iam surgindo em decorrência do trabalho de mineração: desde o sal, destinado à cozinha dos ricos e ao batizado dos pobres, até a seda para os dias de festa.
Aos práticos, pilotos e proeiros das monções deve-se a abertura das comunicações regulares entre Mato Grosso e Pará. O velho caminho fluvial prolongava-se, assim, penetrando pelos rios amazônicos. No início do século XIX, as monções começaram a se tomar mais raras. Sabe-se que as últimas ocorreram por volta de 1838.
Fonte: (http://hightechchat.reocities.com/CollegePark/plaza/4647/moncoes.html)

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